sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Il amore

-...Você sabe que te amo...
- Sim, eu sei... mas por que você está me dizendo isso? Você vai me deixar...
- Não! Você sabe que eu nunca conseguiria, apesar de me desapontar tanto às vezes. Sempre me vêm à mente os momentos bons que você me proporcionou, a identidade que me ajudou a formar... me mostrou o que é amar sem querer nada em troca, mas, Deus! Você me mata cada vez que resolve entrar em uma nova disputa, abandona seus planos no meio do caminho, parece até que não se importa com meus sentimentos. Sempre faz promessas, diz que vai melhorar, assumir os erros e responsabilidades... tão velho e tão imaturo.
- Me perdoa mais uma vez!! Você sabe que meu temperamento se deve à minha origem, sei que sou tempestuoso e sei também que não tenho feito por merecer seu amor, mas eu preciso de você comigo, me apoiando nos momentos difíceis, comemorando comigo a cada conquista, você se lembra de onze anos atrás?
- Era só o que me faltava! Onze anos atrás! Você pensa que eu sou o quê? Museu, historiadora? Quero viver o presente, querido. Comemorar conquistas? Que conquistas??? Você vive fora de casa, e diz que tudo irá melhorar depois que a reforma terminar, uma ova! A mim você não engana mais.
- Querida... eu só posso pedir que você me perdoe... sei que você sempre foi leal a mim, que sempre me defendeu e até brigou em meu nome, sei também que sou o único a quem amou... não voltarei a fazer promessas, exceto uma: se você não me deixar, nossos dias de glória voltarão e você seguirá me amando, como sempre e se orgulhará como nunca, te darei o mundo se você me der mais um tempo.
-Eu te amo. Você me engana, me aborrece, traz descontentamento, às vezes até me envergonha, no entanto, eu saberia viver sem o essencial, mas não saberia viver sem você.

Palmeiras, minha vida é você.

2 comentários:

Jamil P. disse...

Haha, muito bem escrito!
E viva o nosso querido Palestra Itália, nosso eterno amor. Fico feliz de saber que seu coração também é verde e branco! :)

Sem tempo para manter um blog disse...

Isso aí, Jamil! e dias melhores virão pro Parmera!!