(Ok, a notícia já esfriou, mas juro que ainda estava quente e respirava quando escrevi)Para falarmos do causo ocorrido em uma das universidades mais populares da Região Metropolitana de São Paulo precisamos partir de dois pontos de vista.
Tanto em um caso como no outro, o linchamento da rapariga pelos taleunibans não se justifica. Não se vestiu de acordo com o decoro, com as regras de moral e bons costumes que a sociedade dita? Em tempos em que tudo é passivo de relativização fica difícil responder a pergunta, mas não me eximo de opinar: tudo o que é bonito e permitido para menores de dezoito anos é para ser mostrado. Vestiu-se de forma vulgar? Creio que o comportamento dos taleunibans ultrapassou os limites da vulgaridade, assim como o de todos os valores que a sociedade paulista tanto presa. Cabe um adendo: a sociedade bandeirante é reacionária, preconceituosa e elitista. Freqüentam a Unibandidos os filhos acéfalos da classe média e o trabalhador de poucas escolhas, por amostragem, o paulista médio.
Qual era o propósito da moça ao vestir tal roupa? Exibir o corpo, apenas se sentir bem, fazer sucesso? Seja qual for a questão a resposta não importa. O corpo feminino contemporâneo (mais que na antiguidade) é pouco mais que moeda de troca (isso também deve ser relativizado), estaria ela errada ao possuir uma moeda mais valorizada que as demais? Se impomos esse comércio por que recriminar quem toma parte nele?
O vestidinho rosa me incomoda? Sim, as pernas que ele mal cobre são bem torneadas e chamam a atenção. Biologicamente me incomoda, está a minha frente na competição pela perpetuação da espécie, isso é obvio e natural. Do ponto de vista do cotidiano, não me incomoda em nada, mas sugeriria outra cor, não gosto de rosa. Em suma, muito barulho por absolutamente nada. Adiantou queimar tanto soutien em praça pública?
Nada justifica a brutalidade e a humilhação, ainda mais se o espaço freqüentado é uma indefinição de shopping com comercialização de diplomas. O comportamento primitivo dos taleunibans só difere de uma rebelião em presídios pela falta de grades e roupinhas de grife.
Para imagens do ocorrido...
http://www.youtube.com/watch?v=4jfLMrpHM1I
1- A Unibandidos não é uma universidade, é um shopping. No shopping cada um se veste como julgar melhor, pois está ali por inúmeros propósitos, quais sejam, passear, flertar, fazer compras, fazer um lanchinho.
2- A Unibandidos é uma universidade e como tal destina-se ao propósito de auxiliar na formação intelectual e ética do indivíduo. Partindo desse princípio, cada um se veste de acordo com o papel que acredita desempenhar socialmente e é respeitado pela escolha.
Tanto em um caso como no outro, o linchamento da rapariga pelos taleunibans não se justifica. Não se vestiu de acordo com o decoro, com as regras de moral e bons costumes que a sociedade dita? Em tempos em que tudo é passivo de relativização fica difícil responder a pergunta, mas não me eximo de opinar: tudo o que é bonito e permitido para menores de dezoito anos é para ser mostrado. Vestiu-se de forma vulgar? Creio que o comportamento dos taleunibans ultrapassou os limites da vulgaridade, assim como o de todos os valores que a sociedade paulista tanto presa. Cabe um adendo: a sociedade bandeirante é reacionária, preconceituosa e elitista. Freqüentam a Unibandidos os filhos acéfalos da classe média e o trabalhador de poucas escolhas, por amostragem, o paulista médio.
Qual era o propósito da moça ao vestir tal roupa? Exibir o corpo, apenas se sentir bem, fazer sucesso? Seja qual for a questão a resposta não importa. O corpo feminino contemporâneo (mais que na antiguidade) é pouco mais que moeda de troca (isso também deve ser relativizado), estaria ela errada ao possuir uma moeda mais valorizada que as demais? Se impomos esse comércio por que recriminar quem toma parte nele?
O vestidinho rosa me incomoda? Sim, as pernas que ele mal cobre são bem torneadas e chamam a atenção. Biologicamente me incomoda, está a minha frente na competição pela perpetuação da espécie, isso é obvio e natural. Do ponto de vista do cotidiano, não me incomoda em nada, mas sugeriria outra cor, não gosto de rosa. Em suma, muito barulho por absolutamente nada. Adiantou queimar tanto soutien em praça pública?
Nada justifica a brutalidade e a humilhação, ainda mais se o espaço freqüentado é uma indefinição de shopping com comercialização de diplomas. O comportamento primitivo dos taleunibans só difere de uma rebelião em presídios pela falta de grades e roupinhas de grife.
Para imagens do ocorrido...
http://www.youtube.com/watch?v=4jfLMrpHM1I
3 comentários:
Como diria o Bill "Much ado about nothing"! =)
E nem achei ela tão gostosa assim... Bah! Vai ver que foi por isso! ha HA! =/
É um excelente texto, com crítica altamente pertinente e logicamente recheado com o excelente humor que lhe é peculiar.
Tô pasmo com uma notícia que está no globo.com : parece que a UNIBAN expulsou a menina.
Danos morais em níveis altíssimos ...
Isso vai longe ... há questões constitucionais envolvidas "dano à imagem" ...
Se eu fosse o advogado aconselharia o ensaio com a Sexy só depois do trânsito em julgado da sentença ... rsrsr
Pablo: pra futuro velhinho safado seu gostosometro tá criterioso demais.
Erik Jones: se fosse ela me consideraria uma afortunada por ter sido expulsa da Uniban. O lance da Sexy é verdade?
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