domingo, 6 de setembro de 2009

Como el musguito en la piedra

Todos nozes passamos por dias de musgo (reparei que só consigo iniciar textos sendo tautológica). Recentemente tentei cultivar uma planta dessa espécie em vaso. Após ter eliminado do planeta uma dezena de cactos afogados pensei em cuidar de algo que requeresse menos trato. Musgo dá em qualquer lugar (aqui, nenhuma identificação com a planta) crescem em ambientes úmidos, frios e escuros, não estranhariam, portanto, meu quarto.

Da sensação: o dito cujo não é uma árvere, nem arbusto ou flor... é uma planta rasteira de alguma família com nome em latim. Carrega em si certa timidez underground, fica sob as pedras, pouco aparente, quietinho para não chamar muito a atenção de quem quer que seja. O musgo se esparrama, não cresce em altura, se espalha até ser limitado por algum obstáculo e aí, avança sobre ele, precisa de pouco, não reclama, é frágil em aparência, apenas em aparência. Ele agüenta, vai agüentando, enfrenta os batalhões, os alemães e seus canhões, fica amassadinho, dá uma amarelada, mas volta à sua forma normal.

E assim temos nossos dias de musgo, os dias de margarida, cacto e até de samambaia...

A foto é uma homenagem a Joan Baez, uma das interpretes de Volver a los 17 de Violeta Parra.

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