sexta-feira, 16 de julho de 2010

Volver


Se não existisse a saudade, provavelmente, muitos dos laços que nos unem àqueles que estimamos se romperiam a partir do momento em que o convívio deixasse de ser freqüente. O que motiva a saudade não está em questão agora, mas, em maior ou menor medida, é ela que nos faz voltar.
Voltamos para casa depois de um dia extenuante na rua, ou de meses afastados. Para o curso de inglês interrompido várias vezes, para os livros com a página marcada e para os discos empoeirados.
Voltamos a um antigo hábito abandonado por negligência, falta de tempo, ou mesmo por que mudamos e em certas circunstâncias da vida o tal hábito perdeu a razão de ser.
Voltamos sempre, pelo bem ou pelo mal, para lugares, coisas, pessoas, estados mentais ou sentimentais.
Voltamos a ficar impacientes, estressados, cansados, mas também voltamos a descobrir o sorriso e a acreditar que ele dura o tempo que merece e, então, voltamos a ter paz, serenidade. Voltar a sentir é  o melhor dos retornos.

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